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LG negocia venda de fábrica de celulares no Brasil, diz jornal

Notícia sobre negociação com grupo vietnamita foi publicada pelo "The Korea Times" e gerou apreensão na cadeia ligada à produção de celulares na fábrica brasileira em Taubaté, no interior de SP. Fábrica da LG em Taubaté emprega cerca de mil funcionários, segundo Sindicato dos Metalúrgicos

Notícia sobre negociação com grupo vietnamita foi publicada pelo "The Korea Times" e gerou apreensão na cadeia ligada à produção de celulares na fábrica brasileira em Taubaté, no interior de SP. Fábrica da LG em Taubaté emprega cerca de mil funcionários, segundo Sindicato dos Metalúrgicos
Reprodução/ TV Vanguarda
A LG iniciou as negociações para a venda da produção global de celulares da marca, que inclui atividade na fábrica no Brasil, em Taubaté (SP), e na cidade de Haiphong, no Vietnam. A informação foi publicada pelo jornal "The Korea Times" na segunda-feira (22) e dá conta de que a fabricante sul-coreana já iniciou conversas para venda da operação.
Apesar de, segundo a publicação, a negociação não ter prosperado com um grupo vietnamita interessado, a empresa segue aberta a novas propostas. Há cerca de um mês, o CEO global da LG, Kwon Bong-seok, afirmou em um comunicado interno que a marca repensaria a atuação no mercado de smartphones.
Ainda segundo a publicação, a LG enfrenta 24 trimestres seguidos de prejuízos no setor de celulares. De acordo com o site Statcounter, que mensura a participação de marcas no mercado de celulares, atualmente a empresa tem 6,5% de participação no mercado de smartphones no Brasil e 1,6% no mercado global, onde já chegou a registrar 4,1% em 2014. No Brasil, ela chegou a ter 16,1% do mercado em 2013.
A notícia vem gerando apreensão na cadeia ligada à produção de celulares no interior de SP. Funcionários das terceirizadas Sun Tech e Blue Tech aprovaram na sexta-feira (19) o início de uma campanha em defesa dos empregos nas fábricas fornecedoras da LG, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos. As fábricas, que ficam em Caçapava e São José dos Campos, são fornecedoras exclusivas da LG e empregam juntas cerca de 420 funcionários.
Na planta, diretamente a LG empresa cerca de mil funcionários, segundo o sindicato. A entidade informou que solicitou uma reunião com o CEO da LG para ter informações oficiais sobre o negócio e eventuais reflexos nas operações em Taubaté, mas que o assunto está sendo tratado com "muitas reservas" pela fábrica.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, o pedido de reunião não foi atendido pela empresa até a tarde desta quarta-feira (24). A LG foi procurada pelo G1, mas não retornou até a publicação da reportagem.
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